A mastite é a doença mais importante em rebanhos leiteiros, acarretando prejuízos sanitários e econômicos aos produtores e à indústria. O estudo objetivou identificar os agentes causadores de mastite, avaliar a relação entre a sua ocorrência e a qualidade do leite de 30 propriedades da região de São João del-Rei/MG. Efetuou-se uma comparação à média da contagem de células somáticas com os parâmetros estabelecidos pela legislação e também foi verificada qual a interferência dos agentes causadores de mastite no rebanho com CCS. Além disso, avaliou-se a suscetibilidade de isolados de S. aureus e de S. agalactiae a 7 antimicrobianos. De acordo com os resultados, a presença do patógeno S. agalactiae é responsável por importantes alterações na CCS dos animais em relação aos outros patógenos, além de provavelmente contribuir negativamente para a qualidade do leite. Também se verificou um acentuado nível de resistência para o agente S. aureus, sendo os antibióticos menos eficazes contra os agentes Penicilina, Enrofloxacina e Neomicina, e o de melhor eficácia, Cefalexina. Para o S. agalactiae, os antimicrobianos mais resistentes foram Ampicilina e Cefalexina, sendo o ácido Clavulânico+amoxicilina o mais eficiente. Os resultados obtidos demonstram a necessidade e a importância do controle da mastite, visando minimizar as perdas de produção leiteira e melhorar os índices econômicos, assim como elevar a sanidade do rebanho e a qualidade da matéria-prima ofertada às indústrias.