A mastite bovina é uma das principais doenças em rebanhos leiteiros. É causada por uma inflamação na glândula mamária devido a fatores infecciosos e não infecciosos, sendo o primeiro o mais importante. A mastite causa perdas econômicas como descarte do leite ou até mesmo do animal, gastos com medicamentos e redução na longevidade da produção. O objetivo do trabalho foi avaliar os parâmetros de qualidade do leite de oito propriedades de criação de bovinos leiteiros em Pratinha-MG, assistidos pelo Programa de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) oferecido por um laticínio a seus fornecedores. Foram coletadas amostras de leite de tanque para análise das CCS, CBT, gordura e proteína, teste de CMT para identificação de animais com mastite subclínica e análise microbiológica individual dos animais utilizando placa Mamitest para diagnosticar os agentes bacterianos presentes. Dentre as oito propriedades estudadas durante os cinco meses de acompanhamento técnico, observaram-se altos valores de CCS, que representam elevados índices de mastite nos rebanhos, sendo S. aureus, S. dysgalactiae, S. agalactiae e S. não aureus os agentes bacterianos mais comuns diagnosticados nos rebanhos. Para controle e tratamento, foi traçado um plano de ação para cada propriedade seguindo, principalmente, as Boas Práticas Agropecuárias, como realização do teste da caneca de fundo preto, pré e pós dipping, uso da blitz terapia e descarte de animais quando necessário. A adequação dos produtores às novas normas traz benefícios como melhora no valor do leite pago, diminuição de custos e melhor qualidade do leite cru.