Título:
O IMPACTO DA DESTRUIÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA SOBRE O DESENVOLVIMENTO HUMANO NA BAHIA: PARTE III
DOI:
10.53268/BKF21060506
A ocupação e alteração da paisagem pela humanidade é um comportamento que tem sido realizado ao longo do processo de crescimento populacional. Esta transformação da superfície terrestre está ligada à extração e capitalização dos recursos naturais com o objetivo de impulsionar o crescimento social e econômico das populações. Uma das crenças que surgiu ao longo do tempo é a de que empreendimentos agrícolas (principal tipos de ocupação do solo atualmente em todo o mundo) são investimentos que proporcionam ganho de qualidade de vida para as populações que habitam as regiões onde são instalados. Nós testamos a hipótese de que existe uma relação entre quantidade de vegetação nativa remanescente e desenvolvimento humano na Bahia. Além disso, buscamos também investigar de que maneira se relacionam as variáveis econômicas (valor de produção, produtividade agrícola e PIB-Produto Interno Bruto da agricultura) e o uso do solo no estado. Para isso, classificamos os municípios baianos em 5 classes de acordo com a quantidade de vegetação remanescente em cada um, em seguida os comparamos com dados de IDH (índice de desenvolvimento humano), PIB (produto interno bruto), quantidade de cabeças de gado e valor de produção. Os principais resultados apontam que a destruição da vegetação nativa não tem relação com mudanças nos índices de qualidade de vida da população dos municípios baianos, mas ao mesmo tempo revelam um aumento do desmatamento na Caatinga e no Cerrado principalmente. O estudo é apresentado em três capítulos. Pelo presente capítulo são apresentadas as discussões e as conclusões do estudo.