Título:
APLICAÇÃO DA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA NO PÓS-OPERATÓRIO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO PEDIÁTRICO
DOI:
10.53268/BKF21091205
Resumo
Objetivo: Descrever o uso da ventilação não invasiva (VNI) em pacientes no pós-operatório de transplante hepático pediátrico.
Método: Estudo prospectivo realizado na Universidade Federal de São Paulo. Critérios de inclusão: pacientes (0-18anos) que evoluíram com quadro de insuficiência ventilatória aguda (IVA) após a extubação. Protocolo: VNI (bilevel) com os parâmetros: pressão inspiratória 8-12cmH2O; pressão expiratória final 3-5cmH2O; FR 8-12cpm. Variáveis coletadas antes e 2 horas após o início da VNI: FR, FC e SpO2; gasometria arterial; calculada as relações PaO2/FiO2, SpO2/FiO2, índice de oxigenação (IO2) e aplicada escala HACOR. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição. Resultados: Foram inclusas 15 crianças que evoluíram com IVA, submetidas à VNI. Gasometria arterial 2hs após VNI (sucesso vs falha): pH 7,40 ± 0,05 vs 7,32 ± 0,09 (p=0,07); PaCO2 38,5 ± 16,24 vs 42,2 ± 10,76mmHg (p=0.162); PaO2 98,16 ± 21,65 vs 93,08 ± 53mmHg (p=0.801); Sinais vitais 2h após VNI (sucesso vs falha): FR 36,1 ± 12,1 vs 47 ± 20,89ipm (p=0.247); FC 126,11 ± 20,9 vs 122,2 ± 10,85bpm (p=0.706); Relação SpO2/FiO2 antes e 2hs após VNI (grupo sucesso) 259,67 ± 89,64 vs 267,45 ± 90,63 (p=0.049); IO2 antes e 2hs após VNI (grupo sucesso) 8,70 ± 4,19 (p=0.039); Escala HACOR 2,3 ± 2,11 vs 7,80 ± 3,03 (p=0.001). Conclusão: A escala HACOR foi preditora de falha da VNI após a segunda hora, com ponto de corte de 5. A melhora dos IO2, relação SpO2/FiO2 e escala HACOR tiveram relação com sucesso da VNI.