Título:
HIPERSENSIBILIDADE AO AMÁLGAMA DE PRATA: RELATO DE CASO
DOI:
10.53268/BKF21091401
O objetivo deste trabalho é relatar o caso clínico de uma paciente de 29 anos de idade, feminino, leucoderma, atendida na Clínica Odontológica da Unipar- Campus Cascavel no ano de 2014, queixando-se de lesão na língua há aproximadamente oito anos, sintomas de “queimações e ardências” na alimentação ácida e com chocolates. A partir do exame clínico intrabucal, observou-se lesão em borda lateral direita da língua, halo esbranquiçado e interior eritematoso, de aproximadamente 5 cm de comprimento. Pela história da doença atual e características clínicas da lesão, sugeriu-se a hipótese de diagnóstico de Eritroleucoplasia ou líquen plano erosivo. Sendo a eritroleucoplasia uma lesão cancerizável, efetuou-se a biópsia incisional e exame anatomopatológico. O laudo do exame anatomopatológico relatou um processo inflamatório liquenóide, grau intenso, compatível com Líquen Plano. Diante deste resultado foi instituído o tratamento com fármaco corticosteróide local (Decadron® Elixir) durante 7 dias através de bochechos três vezes ao dia. O acompanhamento de uma semana apresentou resultado inócuo, sugerindo a necessidade de um novo diagnóstico. Diante do quadro, suspeitou-se de uma possível hipersensibilidade aos componentes do amálgama de prata dental presentes nos dentes (46 e 47) adjacentes à lesão. A conduta seguinte foi a remoção das restaurações de amálgama de prata das faces linguais, oclusais e interproximais dos dentes 46 e 47. Após 2 meses, a paciente retornou à Unipar para uma reavaliação, onde se constatou a regressão da lesão. Após um ano de acompanhamento constatou-se remissão total da lesão.