Título:
AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO MICROBIANA DE LUVAS DE PROCEDIMENTOS NÃO-ESTÉREIS
DOI:
10.53268/BKF21091407
Este trabalho teve como objetivo verificar a presença de contaminação microbiana em luvas de procedimentos não-estéreis no momento da abertura de suas caixas e após dois dias nos quais as mesmas ficaram armazenadas e disponíveis para o uso de professores, funcionários e alunos nas clínicas de Odontologia de uma Universidade da região sul do Brasil. O conteúdo coletado da superfície das luvas foi semeado em meios de cultura sólidos, os quais permaneceram cinco dias em estufa a 37°C. Após esse período, as unidades formadoras de colônias (UFC) foram quantificadas, avaliadas quanto à morfologia, e submetidas ao teste da catalase e coloração de Gram, sendo as lâminas obtidas analisadas em microscopia de luz. As placas de Petri ainda foram mantidas por mais três dias fora da estufa, para que microrganismos que têm preferência pela temperatura ambiente pudessem crescer. As UFC que cresceram durante este intervalo foram submetidas às mesmas análises citadas anteriormente. A técnica de microcultivo foi realizada para analisar os fungos filamentosos que cresceram, e as lâminas obtidas foram coradas com azul de algodão lactofenol e observadas em microscopia de luz. Os dados obtidos foram analisados no software BioEstat 5.0, adotando-se nível de significância de 5%. Houve predomínio de bactérias Gram-negativas, principalmente na forma de bacilos. Foram encontrados fungos filamentosos dos gêneros Aspergillus, Fusarium, Penicillium e Paecilomyces e leveduras Gram-positivas. Concluiu-se que a maior parte das luvas já estava contaminada no momento da abertura das caixas, e a exposição ao ambiente das clínicas de Odontologia aumentou significativamente a contaminação existente.