Como parte do desenvolvimento de uma dissertação de mestrado intitulada” Cirurgia estética: subjetividade(s) no fio da navalha, produzida em 2016, apresento aos leitores, um dos tópicos que considero importante para uma melhor compreensão do proposto no trabalho em que discorro sobre as transformações corporais na contemporaneidade. Falar sobre cirurgia estética ultimamente é algo tido como natural, no entanto, em outros tempos, era considerado um tabu. Discutir sobre as transformações corporais é importante para se entender outras questões sociais, culturais e subjetivas em relação ao nosso corpo e ao corpo do outro. A elaboração dessa pesquisa surgiu pela inquietação diante de um fenômeno percebido e que ganha cada vez mais destaque na sociedade contemporânea, o aumento na busca por cirurgias estéticas. Dessa forma, propomos investigar o que levava alguns indivíduos a buscarem por esse procedimento para modificar os seus corpos e como essas transformações (re)construíam as suas subjetividades. Para alcançar tal objetivo, buscou-se analisar a percepção dos sujeitos sobre os seus corpos antes e depois da cirurgia estética; compreender o que os levou a optarem por essa intervenção para a transformação de seus corpos; avaliando as formas como (re)constroem suas subjetividades.