Título:
Polícia Comunitária em Mato Grosso: Tensão entre Estado e Sociedade!
DOI:
10.53268/BKF21091607
A tensão entre Estado e sociedade tem sido uma constante ao longo da história, os governos buscam se aproximar da sociedade, esta, cada vez mais exigente. A Polícia Comunitária é uma dessas tentativas. O estudo analisa a implantação do projeto de Polícia Comunitária em Cuiabá, busca identificar a participação da sociedade e se há as pré-condições necessárias à implantação do projeto – sob uma crítica de Michael Oakeshott sobre o racionalismo construtivista. O problema consiste em saber o grau de adequação entre os pré-requisitos da Polícia Comunitária e o grau de civismo (capital social) da sociedade cuiabana. A hipótese é que na sociedade cuiabana não há o pré-requisito cívico à efetividade do projeto. Valemo-nos dos conceitos de Polícia Comunitária de Robert Trojanowicz, vigilância panóptica de Michel Foucault, capital social de Robert Putnam e Alex de Tocqueville (como civismo e associativismo). O método de pesquisa é o quali-quantitativo, com a estratégia de pesquisa abdutiva. O recorte são os líderes comunitários; a população dos bairros que tem o projeto implantado e os gestores públicos – utilizamos o grupo focal, survey e a entrevista semiestruturada, respectivamente. Os resultados nos mostram que na sociedade cuiabana não há capital social suficiente à efetividade do projeto de Polícia Comunitária e que este se assemelha a um modelo de policiamento de resolução rápida de problemas.