Título:
TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA PARA A PRODUÇÃO DA CULTURA DO COCO: AS DIFICULDADES DE UMA CULTURA PERENE COM RESULTADOS ECONÔMICOS IRREGULARES
DOI:
10.53268/BKF21091803
O Brasil é o quinto maior produtor mundial de coco e, embora a maior parte do cultivo seja convencional, a demanda por produtos de coco orgânico aumentou significativamente na última década, devido aos preços atrativos pagos pelos produtos orgânicos, bem como, ao entendimento da necessidade de proteger o meio ambiente. O objetivo deste estudo é explanar sobre o cultivo sustentável do coqueiro, suas possibilidades de aproveitamento e o comportamento do mercado no que concerne à sua comercialização. Para tanto, foi realizada consulta a trabalhos publicados relacionados ao tema; consulta à base de dados da Ceasa, Conab e ComexStat e consulta à legislação. O período de conversão de um cultivo convencional para orgânico do coco é de 18 meses, sendo necessário existir o Plano de Manejo Orgânico da propriedade. Os preços registrados obtidos com a venda do coco orgânico, tanto o seco quanto o verde, são superiores ao convencional, havendo oscilação no preço do coco ao longo do ano, em função das estações do ano e também influência do mercado internacional. Apesar de ser um grande produtor, o Brasil importa coco seco desidratado, gerando queda nos preços no mercado nacional; entretanto, ao longo dos anos, tem se verificado aumento no consumo da água de coco, do leite, da farinha e do óleo de coco. Conclui-se que o mercado é promissor para cadeia produtiva do coco, sobretudo a cocoicultura orgânica, sendo importante, porém, que a produção no país atenda a demanda nacional e, especialmente, consolide e amplie a sua exportação.