As cidades são lugares essenciais para o desenvolvimento humano e estima-se que em 2050 a população urbana ultrapasse 9 bilhões de habitantes. As alterações no estilo de vida da sociedade aliado ao crescimento populacional vêm resultando em um aumento na geração dos resíduos sólidos. Em função disso, a gestão destes é um dos maiores desafios enfrentados pelos gestores municipais, o que implica no gerenciamento desde o momento da coleta até a sua disposição final, a qual deve ser ambientalmente correta. Neste contexto, em 2010 foi instituída no Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos que aborda a temática a partir de uma visão sistêmica e que tem como um de seus instrumentos a Educação Ambiental, que é de fundamental importância para que os objetivos e princípios da Política possam ser atingidos, por meio da participação de todos os agentes envolvidos. Desta forma, os resíduos sólidos gerados nos municípios devem ser adequadamente tratados ou destinados de forma correta, minimizando os impactos ambientais decorrentes da prática da disposição inadequada, bem como a melhoria da saúde pública e qualidade de vida da população. Assim, neste capítulo será abordada uma visão crítica da contextualização dos resíduos sólidos, da gestão dos resíduos sólidos urbanos e da educação ambiental como ferramentas de suma importância do planejamento urbano.