A ováriohisterectomia (OVH) é a cirurgia realizada com maior frequência em pequenos animais, sendo a esterilização eletiva sua indicação mais comum. Em felinos, têm sido realizado por laparotomia, laparoscopia ou laparoscopia híbrida. Neste estudo, avaliou-se 30 gatas, adultas, hígidas, sem raça definida, com peso entre 2 a 4,5 kg. Os animais foram distribuídos em três grupos. No primeiro grupo os animais foram submetidos a OVH por acesso laparoscópico; no segundo grupo o acesso foi laparoscópico híbrido e no terceiro grupo a OVH foi realizada pela técnica convencional (celiotomia mediana). Estes grupos foram avaliados com relação ao tempo cirúrgico e o tempo de procedimento, ao tamanho das incisões e às complicações durante e após a cirurgia. Também foram comparadas as alterações nas concentrações séricas de creatina quinase (CK) e aspartato aminotransferase (AST). Com relação ao tempo cirúrgico o segundo grupo apresentou tempo significativamente maior que os demais. Quanto ao tempo de procedimento operatório o terceiro grupo apresentou tempo menor. O tamanho de incisão foi maior no terceiro grupo. As complicações encontradas no trans-operatório foram enfisema subcutâneo (incidência maior no segundo grupo) e permanência dos cornos uterinos após secção do corpo uterino, com maior número de animais no terceiro grupo. A laparoscopia híbrida apresentou maior concentração de CK. Demais parâmetros não diferiram significativamente entre os acessos laparoscópicos e convencional. Concluiu-se que para o procedimento de OVH em felinos a cirurgia totalmente laparoscópica apresentou vantagens quando comparada a OVH híbrida e convencional, com relação às avaliações realizadas no trans e pós-operatório.